Provavelmente, sim. Mal deu tempo de piscar e já voltamos com a continuação de um tema que previmos anteriormente, quando abordamos como a inteligência artificial começaria a influenciar, de forma quase imperceptível, nossas escolhas de consumo.

Naquele momento, falávamos sobre a presença cada vez mais sutil da IA nas recomendações personalizadas, na curadoria de conteúdo e na mediação das decisões de compra.

Hoje, o cenário que antes era uma projeção começa a se consolidar de maneira muito mais direta.

Da influência à indução explícita

A OpenAI confirmou que, em breve, será possível vender produtos diretamente dentro do ChatGPT, transformando o que antes era apenas uma ferramenta de interação em um novo canal de vendas. A atualização já nasce com integração à Shopify, o que representa quase seis milhões de lojas ativas, e com suporte a pagamentos via Stripe, reforçando a estratégia de consolidar a IA também como intermediária das transações comerciais.

Se antes a inteligência artificial atuava de forma implícita, conduzindo nossas preferências a partir de dados e comportamentos, agora essa relação se tornará mais escancarada. O próprio chat passa a apresentar, sugerir e viabilizar compras dentro da conversa, tornando o processo de decisão e aquisição parte de uma mesma jornada.

Um novo território para marcas e consumidores

Com esse movimento, o ChatGPT espera disputar espaço com o Google como destino para quem busca produtos e serviços online. O usuário não apenas consultará, ele será convertido dentro da própria experiência. E, para as marcas, isso representa uma transformação na lógica da presença digital: não basta mais aparecer, é preciso conversar, compreender e oferecer dentro do ambiente em que a decisão acontece.

O futuro do marketing conversacional, então, está oficialmente em construção.

E, mais do que nunca, a pergunta que fica é: sua marca está pronta para vender onde o diálogo já acontece?