O novo epicentro do consumo digital já está entre nós

O novo epicentro
do consumo digital
já está entre nós

Por Kellyn Dantas

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21/05/2025 às 15h55

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Com o avanço do TikTok Shop e a chegada dos Reviews, esse ambiente se posiciona como o novo polo do e-commerce de influência. E essa mudança exige das marcas uma resposta urgente.

A plataforma já não é só uma rede social. É um espaço onde informação, entretenimento e consumo se misturam, transformando a forma como as pessoas compram, confiam e se relacionam com marcas.

Uma jornada de compra que começa e termina no feed

O que antes dependia de anúncios, landing pages e funis complexos agora pode acontecer em poucos segundos. A jornada de compra foi encurtada e a confiança passou a ser construída diretamente dentro da experiência social.

A plataforma foi estratégica ao unir reviews e compra em uma mesma ferramenta. A lógica é simples: os usuários já buscavam opiniões, descobriam produtos e tomavam decisões dentro do aplicativo. Houve apenas uma transformação desse comportamento nativo em uma infraestrutura completa de consumo. Com os reviews, o conteúdo gerado por usuários ganha ainda mais relevância. E provas sociais espontâneas, integradas ao momento da decisão de compra, influenciam diretamente a conversão.

Mas essa nova lógica traz um alerta importante: é preciso cuidado para não sobrecarregar o feed do usuário com uma sequência interminável de ofertas. O desafio é manter o equilíbrio entre conteúdo, entretenimento e oportunidade de compra, para preservar o valor da experiência social.

Por que isso não é só uma tendência passageira?

Em 2023, o TikTok Shop movimentou mais de US$ 16 bilhões no Sudeste Asiático, ultrapassando players tradicionais e obrigando governos, como o da Indonésia, a intervir.

Nos Estados Unidos, o crescimento segue acelerado. No Brasil, a operação já está em plena expansão, com criadores e marcas embarcando nessa nova lógica de vendas sociais.

O que muda para as marcas?

O ponto de atenção mudou de lugar. O que antes acontecia no Google ou nos marketplaces agora acontece dentro desse novo ecossistema. Isso exige das marcas uma abordagem centrada em criadores e comunidades, com produção de conteúdo nativo, confiável e capaz de gerar influência antes mesmo de tentar converter. Não basta estar presente. É preciso entender a linguagem, a dinâmica e o potencial de impacto real desse ambiente.

O varejo mudou para sempre. E não tem mais volta

Quem ainda trata essa plataforma apenas como uma rede social está perdendo espaço. O consumo digital está sendo redesenhado e as marcas que entenderem essa virada primeiro terão vantagem não só em audiência, mas em resultado.

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